Descobertas evidências da destruição de Jerusalém pelos babilônios, confirmando relato bíblico

Descobertas evidências da destruição de Jerusalém pelos babilônios
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Ao escavarem o sítio arqueológico da Cidade de Davi, no Parque Nacional dos Muros de Jerusalém, capital de Israel, arqueólogos descobriram estruturas residenciais que continham madeira carbonizada, sementes de uva, pedaços de cerâmica, escamas de peixes, ossos e inúmeros artefatos raros que remontam à destruição da cidade pelas mãos dos babilônios, há mais de 2.600 anos.

Artefatos sob camadas de pedra acumuladas, das estruturas residenciais localizadas no declive oriental da cidade de Davi. Foto: Aliho Inai, Ynet.

No livro de Jeremias, 4:7 há uma profecia a respeito da chegada do “destruidor das nações”, uma referência a Nabucodonosor, rei babilônico. Já nos capítulos 39 e 52 do mesmo livro, é relatado o cerco dos babilônios e a destruição de Jerusalém, que ocorreu por volta do ano 586 a.C. O livro de Daniel também relata a invasão babilônica à Jerusalém, desde o saqueamento de utensílios do templo, dos tesouros, ao cativeiro de alguns dos israelitas da família real e da nobreza.



Potes quebrados, evidências da destruição do Primeiro Templo. Foto: Aliho Inai, Ynet)

Entre as descobertas que comprovam a riqueza e o caráter da antiga Jerusalém, na época capital do reino da Judeia, estão dezenas de jarros usados ​​para armazenar grãos e líquidos. Muitos deles têm alças e selos marcados que retratam uma roseta (rosa de seis pétalas).

Fragmento de jarro com o selo administrativo em forma de roseta, definido como sendo do reino de Judá. Foto: Aliho Inai, Ynet.

Esses selos são característicos do final do período do Primeiro Templo e foram usados ​​pelo sistema administrativo que se desenvolveu no final da dinastia da Judeia[…]
Classificar esses objetos (com selo) facilitava o controle, a supervisão, a coleta, a comercialização e o armazenamento de rendimentos de culturas (agrícolas) dos judeus que cuidavam da cidade na época que ela foi atacada e destruída pelos babilônios. Essa roseta basicamente substituiu o selo ‘Para o Rei’ usado no sistema administrativo anterior, explicam Ortal Chalaf e Joe Uziel, diretores de escavações da Autoridade de Antiguidades de Israel. (ênfase acrescentada)

Os artefatos estavam sob camadas de pedra acumuladas no declive oriental da cidade de Davi. E entre esses artefatos havia uma pequena estátua de marfim, um objeto raro que representa uma mulher nua com um corte de cabelo ou peruca de estilo egípcio.

Estátua de marfim, representa uma mulher nua com um corte de cabelo ou peruca de estilo egípcio. Foto: Clara Amit IAA, Ynet

As descobertas da escavação mostram que Jerusalém se estendeu além do limite dos muros da cidade, antes da sua destruição[…]

A fileira de estruturas expostas nas escavações está localizada fora, além da muralha da cidade que teria constituído a fronteira leste da cidade durante este período[…]

Ao longo da Idade do Ferro, Jerusalém passou por um crescimento constante, expressado tanto na construção das diversas muralhas da cidade quanto no fato de a cidade se expandir mais tarde. As escavações realizadas no passado – na área do Bairro Judeu – mostram como o crescimento da população no final do século 8 a.C. resultou na anexação da área ocidental de Jerusalém, afirmam Chalaf e Uziel.

Abaixo está um vídeo (em inglês) onde o Dr. Joe Uziel, explica e mostra alguns detalhes dessa grande descoberta arqueológica.



Referências:

Ynet –  מחורבן בית המקדש הראשון השנים האחרונות של ממלכת יהודה: עדויות

Israel Antiquities Authority – Evidence of Babylonian Destruction of Jerusalem Found at the City of David

Fox News – Experts uncover evidence of ancient Jerusalem’s destruction by the Babylonians

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