Furador de cobre é o objeto de metal mais antigo, com 4,1 centímetros de comprimento, 5 mm de largura em sua base e apenas 1 mm de largura em sua ponta, em forma de cone.
O início da metalurgia no antigo Oriente Médio atrai muita atenção. O Levante do sul, com a rica coleção de artefatos de cobre da caverna Nahal Mishmar e os anéis exclusivos de ouro da caverna Nahal Qanah, são considerados como um centro principal da metalurgia durante a segunda metade do 5º milênio a.C (antes de Cristo).
No entanto, foi descoberto recentemente um furador de cobre numa sepultura de uma mulher que tinha aproximadamente 40 anos no momento de sua morte, em um sítio arqueológico em Tel Tsaf, próximo ao rio Jordão, na fronteira entre Israel e Jordânia.
O sítio arqueológico de Tel Tsaf (encontrado em 2007) possui construções feitas de tijolos de barro e um vários silos que poderiam armazenar entre 15 e 30 toneladas de trigo e cevada, numa escala sem precedentes para o antigo Oriente Médio. Em outras palavras, evidências sugerem que esta comunidade era um rico centro internacional de comércio.
Este objeto em particular, sugere que a tecnologia de metal fundido foi introduzida na região já em finais do 6º milênio a.C. Foi analisada a composição química deste item e seu contexto histórico/geográfico. Os resultados indicam que ele foi exportado a partir de uma fonte distante, provavelmente na região do Cáucaso há 1.000 km de distância, e que o local onde ele foi encontrado é indicativo do status social do indivíduo sepultado. Este achado raro indica que a metalurgia foi inserida pela primeira vez no Levante do sul através de redes de intercâmbio e apenas séculos depois houve produção local.
Este furador de cobre, o mais antigo artefato de metal encontrado no mundo, indica que a metalurgia Calcolítica (da idade do cobre) foi elaborada e desenvolvida a partir de uma tradição mais antiga do que os cientistas imaginavam. O furador sugere que as pessoas da região começaram a usar metais antes de 5.100 a.C, ou seja, séculos mais cedo do que se pensava.
A descoberta sugere que as pessoas de Tel Tsaf exerceram ou, pelo menos, tinham familiaridade com tecnologia avançada em metalurgia, centenas de anos antes da disseminação de artigos de cobre de Nahal Qana, afirma o pesquisador Danny Rosenberg.
O estudo completo foi publicado online na revista científica PLOS ONE, neste link.
Nota: Vemos que a cada dia que passa, novas descobertas mostram que o ser humano já possuía intelecto e tecnologia avançada, mesmo nos tempos mais longínquos, o que corrobora algumas passagens bíblicas sobre o controle do homem sobre a natureza desde o princípio, neste caso, sobre a metalurgia, indicando que já fomos criados com a capacidade de transformação, dom este que foi dado por Deus, embora infelizmente o utilizamos muitas vezes para o mal.
Um pensamento em “Encontrado o objeto de metal mais antigo do mundo em Israel”
A herança de Samyaza.