Durante o dia de Natal de 1914 (25/12/1914), os sons dos tiros de fuzis e bombas cessaram na frente ocidental da sangrenta Primeira Guerra Mundial para dar vez a celebrações do nascimento de Cristo nas trincheiras e aos gestos de boa vontade entre os inimigos. Um dia antes, na véspera, muitos soldados alemães e britânicos cantaram canções de Natal uns aos outros através das linhas, e, em certos pontos, os soldados aliados ainda ouviram bandas de música que se juntaram ao canto dos alemães.
Assim que amanheceu no dia de Natal , alguns soldados alemães surgiram de suas trincheiras e se aproximaram das linhas inimigas e gritando “Feliz Natal” em línguas nativas de seus inimigos. No início, os soldados britânicos temiam que era um cilada, mas vendo que os alemães estavam desarmados, eles também deixaram suas trincheiras e apertaram as mãos dos soldados inimigos. Naquele dia, mais de 100 mil soldados alemães e britânicos trocaram presentes como cigarros e pudins de ameixa, beberam, riram e cantaram músicas. Houve até um caso documentado de soldados de lados opostos jogando futebol.
Alguns soldados usaram este cessar-fogo de curta duração para uma tarefa mais árdua: a recuperação dos corpos dos companheiros combatentes que tinham caído entre as linhas de combate. A chamada Trégua de Natal de 1914 ocorreu somente cinco meses após a eclosão da guerra na Europa e foi um dos últimos exemplos de cavalheirismo entre inimigos na guerra.
Em algumas frentes de batalha, a paz durou até o ano novo, irritando vários generais que mandavam os soldados pararem com aquilo e voltarem pra guerra.
O ex Beatles Paul McCartney também tentou recriar essa história no clipe de “Pipes of Peace” de 1983. Em 2005 foi lançado o filme “Feliz Natal” também baseado nesta fascinante história.
Raciocine: O coração que se enche do amor de Jesus Cristo não consegue fazer outra coisa senão amar, e quem ama quer a paz e o mal não impera ali.
Deus é luz e nEle não há trevas, 1 João 1:5. Em Jesus está a vida, e a vida é a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. João 1:4-5
Referências:
Eksteins, Modris. The Rites of Spring. 2000. New York, NY: Mariner Books. p. 113. ISBN 978-0395937587
Imagem fonte: Wikimedia Commons