Famoso ateu Richard Dawkins tem o prêmio de ‘Humanista do Ano’ cancelado por questionar a ideologia de gênero

Famoso ateu Richard Dawkins tem o prêmio de 'Humanista do Ano' cancelado por questionar a ideologia de gênero
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O biólogo Richard Dawkins, famoso autor de “The God Delusion” (“Deus, um delírio“, em português), teve seu título de “Humanista do Ano” de 1996 cancelado pela American Humanist Association (Associação Humanista da Americana – AHA) porque ousou criticar aspectos da ideologia de gênero.

Em seu tweet, Dawkins mencionou Rachel Dolezal – a mulher branca que alegou ser negra – e convidou as pessoas a discutir sobre a difamação daqueles que discordam de identidades transgênero.

Em 2015, Rachel Dolezal, uma pessoa branca que era presidente da NAACP [Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, nos EUA], foi difamada por se identificar como negra. Alguns homens optam por se identificar como mulheres e algumas mulheres optam por se identificar como homens. Você será difamado se negar que eles são literalmente o que se identificam. Discuta”, escreveu Dawkins em 10 de abril.

A reação veio rápida para Dawkins, que não aguentou a pressão e cedeu à multidão, jogando a culpa para os “fanáticos republicados“, ao tentar sair da enrascada em que se meteu.

Não pretendia menosprezar as pessoas trans. Vejo que minha pergunta acadêmica ‘Discutir’ foi mal interpretada como tal e deploro isso. Também não era minha intenção me aliar de forma alguma aos fanáticos republicanos nos EUA que agora exploram essa questão”, escreveu ele.

Mas, já era tarde

A AHA cancelou seu prêmio, acusando-o de usar o discurso científico para rebaixar “grupos marginalizados”.

Richard Dawkins foi homenageado em 1996 pela AHA como Humanista do Ano por suas contribuições significativas nesta área. Lamentavelmente, Richard Dawkins acumulou nos últimos anos um histórico de declarações que usam o disfarce do discurso científico para rebaixar grupos marginalizados, uma abordagem antitética aos valores humanistas”, escreveu a AHA em um comunicado.

Sua última declaração implica que as identidades de indivíduos trans são fraudulentas, ao mesmo tempo que ataca a identidade negra como uma que pode ser assumida quando conveniente. Suas tentativas subsequentes de esclarecimento são inadequadas e não transmitem nem sensibilidade nem sinceridade”, disse o comunicado.

A declaração concluiu dizendo que Dawkins

não merece mais ser homenageado pela AHA e votou para retirar, com efeito imediato, o prêmio de Humanista do Ano de 1996″.

A mulher trans Alison Gill, que é vice-presidente de assuntos jurídicos e políticos da associação dos Ateus Americanos (American Atheists), pediu a Dawkins que “dedicasse tempo para aprender” mais sobre a ciência por trás do transgenerismo.

Provando do mesmo “veneno”?

Pouco depois do tumulto no Capitólio, no início deste ano, Dawkins apoiou em um tweet a decisão do Twitter de banir Donald Trump da plataforma, dizendo que Trump foi muito além da expressão de opinião para mentiras descaradas, falsidades demonstráveis.

Aparentemente, para Dawkins, a “liberdade de expressão” é algo com que ele deva se preocupar agora, visto que a qualquer momento ele pode ser “cancelado” novamente e perca mais algum título por aí quando ousar expressar aquilo em que acredita.

 

Fonte: Daily Wire, traduzido e adaptado para o português.

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